Em meio às exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a Dinamarca ceda o controle da Groenlândia aos EUA, o governo dinamarquês anunciou na segunda-feira um investimento de 14,6 bilhões de coroas dinamarquesas (cerca de US$ 2,05 bilhões) para fortalecer a segurança da ilha, de acordo com informações da Al Jazeera.
"Há sérios desafios em relação à segurança e à defesa no Ártico e no Atlântico Norte", alertou o ministro da Defesa da Dinamarca, Troels Lund Poulsen, em um comunicado. Ele também enfatizou que "o nível de ameaça nessas regiões se agravou", tornando necessário "reforçar de maneira significativa" a presença militar nessas áreas.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou que a Europa "passa por uma situação séria". As declarações foram feitas um dia antes de uma reunião com os líderes da França, Alemanha e OTAN, agendada para esta semana, com o objetivo de fortalecer a "unidade europeia" em relação à Groenlândia.
"A Dinamarca é um país pequeno, mas com fortes aliados. Fazemos parte de uma comunidade europeia forte, onde, juntos, podemos enfrentar os desafios que se apresentam", declarou Frederiksen, ressaltando que, em momentos como este, "a unidade é crucial".
- A Groenlândia, território autônomo dinamarquês, que possui recursos minerais significativos e abre novas rotas de navegação, tem se tornado um alvo estratégico.
- No mês passado, Donald Trump expressou a intenção de comprar a ilha, afirmando que o controle da região é "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade no mundo".