Volkswagen se prepara para ceder fábricas a montadoras chinesas de carros elétricos
A Volkswagen está considerando a possibilidade de permitir que fabricantes chineses de carros elétricos assumam as operações de suas fábricas em dificuldades na Alemanha, como resultado da grave crise enfrentada pela indústria automotiva alemã. As informações foram publicadas pelo jornal The Telegraph nesta segunda-feira.
A gigante europeia já sinalizou sua disposição para explorar alternativas devido à queda nas vendas e à baixa demanda por seus veículos no mercado europeu, com algumas fábricas podendo ser atrativas para investidores externos. Os chineses, em particular, veem a chance de contornar as tarifas protecionistas da União Europeia.
Nesse contexto, Gernot Döllner, CEO da Audi (subsidiária da Volkswagen), afirmou ao jornal que parcerias com empresas chinesas ajudariam a "reduzir as barreiras de entrada dessas concorrentes".
David Powels, diretor financeiro da Volkswagen, por sua vez, declarou que a empresa está aberta para "qualquer discussão sobre qualquer tópico com qualquer parceiro".
No mês passado, a Volkswagen abandonou seus planos de fechamento de fábricas na Alemanha após um acordo com os sindicatos que garantiu a manutenção de 35.000 empregos até 2030, optando por reduzir a produção em suas unidades em vez de encerrar operações.
- Em 2024, a economia alemã registrou a segunda contração consecutiva, com o setor automobilístico sendo um dos mais afetados. A retirada das transações no mercado russo agravou ainda mais a crise.
- As montadoras chinesas, por sua vez, têm se destacado no mercado graças a seus custos mais baixos e à inovação tecnológica que implementam.