Notícias

Sheinbaum revela número de mexicanos deportados na 'era Trump II'

A presidente ainda saudou o acordo alcançado pelos governos da Colômbia e dos EUA sobre os imigrantes deportados.
Sheinbaum revela número de mexicanos deportados na 'era Trump II'Gettyimages.ru / luis Barron / Pixelnews

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, revelou nesta segunda-feira que, desde 20 de janeiro, os EUA deportaram 4.094 pessoas para seu país, a maioria delas mexicanas.

"Temos um grupo de trabalho sobre questões migratórias e esperamos que essa questão seja ampliada", afirmou em uma coletiva de imprensa na qual detalhou o escopo das sessões que, nos últimos dias, foram lideradas pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e pelo ministro das Relações Exteriores do México, Juan Ramón de la Fuente.

"Foram reuniões à distância e nelas há acordos, conciliações", disse, lembrando que as deportações não são algo novo para o México.

Quando Trump avisou que realizaria deportações em massa, continuou, seu governo se preparou criando centros de atendimento que já estão operando nas principais cidades da fronteira norte do México para atender aos migrantes no âmbito do programa "México te abraça".

Em reuniões para coordenar as repatriações, enfatizou, o México pediu aos EUA que respeitassem os direitos humanos.

Sheinbaum confirmou que quatro aviões civis transportando deportados chegaram ao México no fim de semana, mas esclareceu que isso já aconteceu em outras ocasiões.

"Até o momento, não houve um aumento substancial (nas deportações)", declarou.

Colômbia

A presidente saudou o fato de o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e Trump terem chegado a uma solução rápida após a controvérsia causada pela deportação de cidadãos colombianos que foram enviados em aviões militares e tratados como criminosos.

"Me parece bom que tenha sido alcançado um acordo (...), devem prevalecer o diálogo e o respeito, que é o que temos buscado na relação com os Estados Unidos (…) sempre com os princípios de defesa da nossa soberania", disse a presidente.

Enquanto a crise entre a Colômbia e os EUA se desenrolava, a presidente de Honduras, Xiomara Castro, convocou uma reunião urgente da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) a ser realizada na quinta-feira para analisar as novas políticas migratórias de Trump.

Ao ser questionada sobre essa reunião, Sheinbaum informou que ainda não confirmou sua participação, por questões de agenda.

Sheinbaum também se recusou a fazer qualquer tipo de recomendação para que outro país responda a Trump, pois considera que essa é uma prerrogativa de cada Estado.

"O importante é agir sempre com a cabeça fria, defendendo a soberania de cada país", disse, garantindo que o México sempre manterá uma relação estreita com os povos latino-americanos, mas também com os EUA.