Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, a ministra ucraniana Oksana Zholnovych minimizou o impacto da suspensão de ajuda financeira proveniente da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) à Ucrânia:
"A interrupção da ajuda não militar dos EUA não afetou significativamente o financiamento de nossos projetos na Ucrânia. Temos vários acordos com parceiros da Europa, do Reino Unido e do Banco Mundial. A suspensão do financiamento norte-americano não diz respeito a grandes projetos que fazem parte do orçamento; ela afeta o apoio ao setor civil", afirmou.
De acordo com informações da agência de notícias ucraniana Suspilne, a agência dos EUA recebeu ordens para suspender todos os projetos e despesas na Ucrânia, colocando em cheque projetos na área de educação e saúde.
Segundo um funcionário da agência em Kiev, que falou sob anonimato, ainda não há detalhes sobre a diretriz, nem informações sobre possíveis exceções.
A decisão segue uma ordem executiva emitida na semana passada pelo presidente Donald Trump, determinando a suspensão por 90 dias da ajuda externa para avaliar sua eficácia e alinhamento com a política externa dos EUA.
Como consequência, a Veteran Hub, organização ucraniana financiada pela USAID, anunciou o encerramento da Veteran Support Line e do centro em Vinnitsa, pedindo que empresas privadas assumam o suporte financeiro.
O Departamento de Estado dos EUA ordenou, no dia 24 de janeiro, a suspensão de toda a ajuda externa existente e novas, exceto para o financiamento militar a Israel e Egito e programas emergenciais de alimentos.
No dia seguinte, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou que a assistência militar dos EUA a Kiev "não foi suspensa", mas reconheceu "restrições" em iniciativas humanitárias.
Um funcionário da USAID confirmou à Reuters a paralisação de projetos relacionados à Ucrânia, como apoio a escolas e serviços médicos.