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USAID congela projetos de ajuda à Ucrânia

A suspensão do financiamento de projetos pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional ocorreu como parte da decisão do Departamento de Estado de "congelar" por 90 dias toda a ajuda externa existente e suspender as novas.
USAID congela projetos de ajuda à UcrâniaAP / Evan Vucci

O Departamento de Estado dos EUA emitiu nesta sexta-feira uma ordem de "suspensão" para toda a ajuda externa existente e pausou a nova assistência, cumprindo uma ordem emitida pelo presidente Donald Trump, informa a Reuters, citando um memorando.

O documento, aprovado pelo Secretário de Estado Marco Rubio, observa que foram emitidas isenções para o financiamento de programas alimentares de emergência, bem como "financiamento militar estrangeiro para Israel e Egito e custos administrativos, incluindo salários, necessários para administrar o financiamento militar estrangeiro".

A nota também diz que, com efeito imediato, os funcionários de alto escalão "garantirão que, na medida máxima permitida por lei, nenhuma nova obrigação de assistência estrangeira seja incorrida" até que Rubio tenha tomado uma decisão após uma análise. Ela afirma que "as decisões sobre a continuação, modificação ou encerramento dos programas serão tomadas" pelo secretário de Estado após uma análise nos próximos 85 dias. Até lá, Rubio pode aprovar isenções.

Ajuda à Ucrânia

Um funcionário da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que pediu anonimato, afirmou à Reuters que os responsáveis pelos projetos na Ucrânia receberam ordens para interromper todo o trabalho. Entre os programas que foram congelados estão o apoio a escolas e cuidados com a saúde, como cuidados maternos emergenciais e vacinação infantil, disse.

Ao mesmo tempo, a mídia ucraniana informa que as novas instruções do Departamento de Estado não afetam os programas de apoio militar a Kiev. "O Pentágono me diz o contrário: que esse decreto não afeta o apoio militar. [O dinheiro reservado para apoiar a Ucrânia foi gasto há muito tempo", declarou o jornalista Ostap Yarysh em sua conta no X, citando uma fonte.

De acordo com uma solicitação ao Congresso da administração do ex-presidente Joe Biden, os estados identificados para financiamento em 2025 incluíam Ucrânia, Geórgia, Estônia, Letônia, Lituânia, Taiwan, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Djibuti, Colômbia, Panamá, Equador, Israel, Egito e Jordânia. O documento observou que o financiamento militar estrangeiro “também buscaria fortalecer a capacidade das Forças Armadas libanesas de mitigar a instabilidade e combater a influência malévola do Irã”.