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Putin: 'Estamos prontos para negociar com os EUA sobre a Ucrânia'
O presidente russo sugeriu que, se a vitória de Trump não tivesse sido "roubada" na eleição anterior, a atual crise na Ucrânia talvez não tivesse ocorrido.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reafirmou na sexta-feira sua disposição de entrar em negociações com seu homólogo norte-americano, Donald Trump, para encontrar uma solução para o conflito ucraniano.
"Sempre dissemos, e quero enfatizar mais uma vez, que estamos prontos para essas negociações sobre o problema ucraniano", declarou.
"Mas aqui também há questões que exigem atenção especial", continuou Putin, lembrando que Vladimir Zelensky, "quando ainda era um chefe de Estado bastante legítimo", decidiu proibir por lei as negociações com Moscou.
O presidente russo enfatizou que o decreto do líder do regime de Kiev torna quase impossível negociar seriamente uma solução para o conflito.
No entanto, "Kiev está recebendo bilhões dos EUA" e "acho que, no final, aqueles que pagam o dinheiro" terão que forçá-lo a fechar o acordo, disse Putin. "E acho que [Zelensky] terá que fazer isso", afirmou.
Por outro lado, o líder russo acrescentou que, se ninguém tivesse impedido Trump de vencer a eleição em 2020, a crise ucraniana não existiria.
"Não posso discordar dele [Trump] que, se ele [Trump] fosse presidente, se a vitória não tivesse sido roubada em 2020, talvez a crise ucraniana, que surgiu em 2022, não tivesse acontecido", declarou.
O líder russo observou que sempre teve com o atual presidente dos EUA "uma relação de negócios", mas ao mesmo tempo "pragmática e de confiança".
"É verdade, é melhor que nos encontremos, com base nas realidades atuais, para conversarmos com calma" sobre todas as questões de interesse para ambas as nações, disse ele, ressaltando que "isso, antes de tudo, depende das decisões e escolhas do atual governo dos EUA".
