Moscou não vê disposição real de Kiev e do Ocidente para negociar, afirma chancelaria russa

Pelo contrário, os países ocidentais continuam a fornecer armas à Ucrânia e a emitir ultimatos a Moscou, enfatizou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que não vê ações reais de Kiev ou do Ocidente que demonstrem sua disposição para negociar um acordo de paz no conflito ucraniano.

"Apesar do crescente discurso sobre a necessidade de negociações de paz, objetivamente não há ações práticas que indiquem que Kiev e o Ocidente estão realmente prontos para elas", declarou a Chancelaria russa, respondendo a uma pergunta da imprensa.

O ministério também enfatizou que, em vez de demonstrar sua disposição para negociar, os países ocidentais continuam fornecendo armas para as tropas ucranianas e elaborando diferentes tipos de ultimatos para a Rússia. Enquanto isso, o regime ucraniano ainda não suspendeu a proibição legal de negociações com Moscou.

O outro obstáculo às negociações, apontado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia, é a questão da legitimidade das autoridades ucranianas, que o regime de Vladimir Zelensky perdeu após a suspensão das eleições presidenciais, já que seu mandato expirou em 20 de maio do ano passado.

Por sua vez, a Rússia expressou sua disposição de encerrar o conflito ucraniano. "Nossa abordagem para a solução continua a mesma: estamos prontos para o diálogo com base nos acordos de 2022, levando em conta as novas realidades 'no terreno' e as posições expressas pelo presidente russo, Vladimir Putin, em junho de 2024", acrescentou o ministério. Também enfatizou que a solução deve ser "verdadeiramente final, justa e sustentável" e "abordar as causas fundamentais da crise", acrescentando que "uma trégua temporária e o congelamento do conflito são inaceitáveis".