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Parlamento da Hungria ratifica a adesão da Suécia à OTAN

Até o momento, Budapeste era o último membro da Aliança Atlântica a não ratificar os documentos de adesão de Estocolmo.
Parlamento da Hungria ratifica a adesão da Suécia à OTANGettyimages.ru / Marton Monus / dpa

O Parlamento húngaro ratificou na segunda-feira a adesão da Suécia à OTAN.

Até agora, Budapeste era o último membro da Aliança Atlântica a não ratificar os documentos de adesão de Estocolmo. Em janeiro deste ano, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan ratificou o protocolo de adesão da Suécia à organização, que já havia sido endossado pela Assembleia Geral do Parlamento do país.

No mesmo mês, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán disse que teve uma conversa telefônica com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na qual reafirmou o "apoio" de seu Governo para a adesão da Suécia à aliança militar. No entanto, no início de fevereiro, representantes do partido governista Fidesz da Hungria, liderado por Orbán, boicotaram uma sessão parlamentar extraordinária na qual a adesão seria votada.

O líder do partido, Kocsis Mate, disse que os legisladores não apoiariam a votação até que o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, aceitasse o convite de Orbán para visitar o país e discutir a questão. Por sua vez, o chefe do Governo sueco fez uma visita oficial na sexta-feira.

"A reunião de hoje é um marco importante em um longo processo", disse Orbán durante a reunião. "Também podemos chamar esse longo processo de um processo de reconstrução da confiança, no qual estamos trabalhando com o primeiro-ministro [sueco] há muitos meses e, em breve, anos", acrescentou.

Por sua vez, Kristersson afirmou: "Não concordamos em tudo, mas concordamos que devemos trabalhar juntos de forma mais ativa quando temos pontos em comum". "Ambos somos membros da UE e, em breve, seremos aliados na OTAN", acrescentou.

  • A Suécia, assim como a Finlândia, solicitou sua adesão à OTAN em maio de 2022. Embora Budapeste tenha aprovado a adesão da Finlândia em março de 2023, adiou a consideração da adesão da Suécia, citando como principal obstáculo o fato de que Estocolmo "constantemente prejudica as relações" bilaterais com a Hungria.