Orbán revela condições para que Hungria aprove sanções contra Rússia

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, apresentou nesta sexta-feira as condições sob as quais Budapeste não irá se opor à renovação das sanções da União Europeia contra a Rússia.
"O sistema de sanções é ruim do jeito que está, especialmente para nós. Não o vetamos porque a unidade europeia em uma questão como essa é importante. No entanto, a economia húngara perdeu 19 bilhões de euros [cerca de US$ 20 bilhões] por causa das sanções", declarou Orbán em entrevista à imprensa húngara.
"Agora a questão da extensão das sanções está de volta à mesa, e eu acionei o freio de mão", completou.
"Se os ucranianos quiserem ajuda, devem reabrir o gasoduto e permitir que nós tragam o gás de que precisamos", disse o premiê, enfatizando que isso dependeria apenas de "um telefonema de Bruxelas".
Orbán ainda exigiu garantias de Kiev de que o gasoduto TurkStream, uma das principais alternativas de fornecimento para Budapeste, não será alvo de ataques. O líder húngaro também cobrou proteção às rotas de transporte de petróleo para o país.
- O fornecimento de gás russo para os países europeus via Ucrânia está suspenso desde 1º de janeiro devido à "recusa repetida" de Kiev em estender os acordos bilaterais.
- No dia 13 de janeiro, Kiev tentou atacar uma estação de compressão no gasoduto TurkStream, que continua a fornecer combustível para a Europa, uma ação que a Rússia descreveu como "terrorismo energético".
- A União Europeia prevê a prorrogação das atuais sanções a cada seis meses, com a próxima votação agendada para 31 de janeiro. Isso requer uma decisão unânime dos 27 Estados-membros do bloco.