O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou em uma entrevista ao canal AuriVerde Brasil, nesta quarta-feira, sobre as eleições de 2026, afirmando que sua ausência tornaria o processo eleitoral não democrático. "Não será democrática a eleição de 2026 sem a minha presença", afirmou. Ele indicou que só apoiaria outro candidato "aos 48 do segundo tempo", caso não conseguisse reverter sua inelegibilidade.
Bolsonaro também expressou sua preocupação com a possibilidade de ser preso devido a investigações que envolvem alegações de golpe de Estado, fraudes em seu cartão de vacinação e as joias recebidas da Arábia Saudita. O ex-mandatário afirmou que acorda diariamente com a sensação de que a Polícia Federal pode estar à sua porta, descrevendo a corporação como "persecutória" e com um "lado".
"Eu acordo todo dia com a sensação da PF na porta. Qual a acusação? Não interessa", declarou o ex-mandatário.
Durante a entrevista, o ex-presidente lamentou não ter podido viajar para a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, uma vez que seu pedido para reaver o passaporte foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. No entanto, ele afirmou que não tem intenção de deixar o país, ressaltando que poderia ter feito isso anteriormente, mas prefere permanecer para lutar por seu país. "Nunca pensei em sair em forma definitiva. Poderia ter saído lá atrás e fiquei. Eu quero é ficar aqui para lutar com meu país", disse.
O ex-presidente criticou a ideia de uma "terceira via" e a chamada "direita limpinha", além de se referir a políticos "de pequena idade" que se apresentam como candidatos. "Olha só, pessoas mais inteligentes do que eu têm milhares por aí. Algumas de pequena idade estão se lançando já, 'eu sou candidato, eu vou resolver' na base da lacração", comentou.