Macron quer mais voluntários nas Forças Armadas da França

O país europeu precisa se adaptar a um "conjunto de ameaças", incluindo o conflito na Ucrânia, alertou o presidente.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou um projeto para "mobilizar" mais jovens voluntários e reforçar a capacidade militar do país em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

Em discurso às Forças Armadas na segunda-feira, Macron afirmou que a decisão foi motivada pela necessidade da França se preparar para um "conjunto de ameaças".

"Não vamos nos iludir, o conflito na Ucrânia não terminará amanhã ou depois de amanhã", declarou. Para a França e outras nações da União Europeia, "o desafio hoje é fornecer à Ucrânia os meios para resistir e participar de qualquer negociação futura em uma posição de força", disse.

"O desafio de amanhã, quando as hostilidades cessarem, será dar à Ucrânia garantias contra um retorno da guerra ao seu território e garantias para nossa própria segurança", sublinhou Macron.

O presidente afirmou que solicitou ao governo e à liderança militar que apresentem até maio proposta para "permitir que jovens voluntários aprendam com as Forças Armadas e reforcem suas fileiras".

"Teremos que identificar melhor os voluntários, treiná-los e estar prontos para mobilizá-los quando for necessário reforçar os exércitos na França continental ou em outros locais", ressaltou.

O aumento do número de voluntários permitirá que o país europeu fortaleça suas Forças Armadas sem restabelecer o serviço militar obrigatório, abolido em 2001, observou Macron. A meta de Paris é alcançar 210 mil militares ativos e 80 mil reservistas até 2030.