O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, expressou "sincera gratidão" ao seu homólogo russo, Sergey Lavrov, no sábado, por sua'' firme e contundente mensagem contra a atitude colonialista dos Estados Unidos e seus aliados", em referência aos recentes comentários do ministro das Relações Exteriores da Rússia em defesa do presidente bolivariano Nicolás Maduro.
"Sua declaração destaca a inaceitável imposição de presidentes fantoches sobre nações que defendem projetos soberanos e anti-imperialistas", disse Gil.
Nesta semana, ao comentar sobre o reconhecimento pelos EUA e por algumas nações latino-americanas de Edmundo Gonzalez como presidente da Venezuela, apesar da posse de Maduro como presidente legítimo do país, Lavrov disse que o Ocidente "está obscurecido" por sua "autoproclamada grandeza e impunidade".
O chefe da diplomacia russa indicou que essa "atitude desdenhosa" dos países ocidentais é uma evidência de sua "presunção" e "desprezo pelo resto do mundo". Nesse contexto, denunciou que para o Ocidente "democracia significa apenas uma coisa: fazer o que quiser".
Lavrov, em resumo, apontou que a interferência nos resultados eleitorais que não satisfazem o Ocidente é "pura hipocrisia, uma completa ditadura, falta de respeito pelas pessoas e, claro, uma superestimação colossal de suas próprias capacidades intelectuais e de outro tipo".
- Em 6 de janeiro, o governo venezuelano condenou um comunicado no qual a Casa Branca insistia em reconhecer o ex-candidato da oposição Edmundo González Urrutia como o vencedor das eleições presidenciais de julho passado.
- Caracas disse que a declaração "representa uma violação flagrante do direito internacional" e é "uma tentativa grosseira de perpetuar a interferência imperialista na América Latina".