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"Kiev está disposto a vender o país ou transformá-lo em nova colônia britânica'', diz Moscou

Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa, lamenta que, no ano do 80º aniversário da vitória sobre o nazismo, as autoridades britânicas jurem um século de apoio aos neonazistas ucranianos.
"Kiev está disposto a vender o país ou transformá-lo em nova colônia britânica'', diz MoscouSputnik / Pelagia Tikhonova

O acordo entre a Ucrânia e a Grã-Bretanha é um "acordo que Kiev estava disposto a fazer para transformar seu país em uma colônia britânica", afirmou neste sábado a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Londres e o regime de Kiev assinaram na quinta-feira um pacto de "parceria de 100 anos" que abrange defesa, ciência, energia e comércio. Nele, os britânicos se comprometem a fornecer à Ucrânia 3 bilhões de libras (R$ 22,2 bilhões) de ajuda militar anualmente "pelo tempo que for necessário".

Reagindo à notícia, a porta-voz russa chamou o acordo de "insignificante", observando trata-se apenas de mais uma campanha de relações públicas do agonizante regime de Kiev:

"100 anos é um período simbólico, mas não vinculativo. No caso da queda da ditadura de Zelensky ou da renúncia do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, dificilmente alguém se lembrará desse acordo", declarou a diplomata russa.

Zakharova também observou que é triste que, no ano do 80º aniversário da vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, a liderança do Reino Unido, então aliado da Rússia, jure um século de apoio aos neonazistas ucranianos. "Esperamos que pelo menos alguém em Londres sinta vergonha disso", acrescentou a porta-voz da chancelaria russa.

Zakharova lembrou que as partes concordaram em fortalecer a segurança dos mares Báltico, Negro e Azov. "Por trás disso está o desejo de longa data de Londres de conquistar uma posição nessas águas, especialmente na bacia do Mar Negro e Azov", afirmou ela.

"Gostaríamos de avisar aos sonhadores de Bankova [a rua onde está localizado o escritório do Presidente da Ucrânia] e Downing Street que não há lugar para cooperação no Mar de Azov nem para a Ucrânia nem para o Reino Unido. Qualquer reivindicação a essa área de água é uma interferência grosseira nos assuntos internos de nosso país e será firmemente combatida", concluiu.