Petro acusa a extrema-direita colombiana de fazer campanha "com morte e medo"
O presidente esquerdista da Colômbia, Gustavo Petro, acusou nesta sexta-feira a extrema-direita de fazer campanha "com morte e medo", ao reagir aos comentários de uma conhecida jornalista, que se opõe abertamente a ele, sobre a violência em Bogotá.
A diretora da revista Semana, Vicky Dávila, afirmou nas redes sociais que um dos últimos eventos violentos na capital colombiana, a morte de um ex-policial em um tiroteio, é "herança" da ex-prefeita Claudia López.
Em sua resposta, Petro, também ex-prefeito da capital, perguntou: "Estão fazendo campanha com a morte e o medo?".
¿Están haciendo campaña política con la muerte y el miedo?. En Bogotá se cometen 3 homicidios cada día en promedio. Siempre habrá para una foto o comentario periodístico. Pero si hay objetividad y no manipulación tendría que decirse que es el promedio más bajo de la historia de… https://t.co/Yr4aNVG0kKpic.twitter.com/3hxMjNBIyw
— Gustavo Petro (@petrogustavo) February 23, 2024
"Se houver objetividade e não manipulação, seria preciso dizer que essa é a média mais baixa na história de Bogotá por mais de quatro décadas", comentou.
O mandatário acompanhou sua mensagem com um gráfico que mostra que a capital colombiana encerrou 2022 com a menor taxa de mortalidade por 100.000 habitantes dos últimos 60 anos (12,8) e o menor número de homicídios desde 1984 (1.009).
"Escondem a realidade dos dados"
"A extrema direita está brincando irresponsavelmente com o medo das pessoas e quer, com essa morte de pessoas, obter votos semeando o medo. A fim de criar medo na mente das pessoas para obter votos, estão escondendo a realidade dos dados", afirmou.
Petro ainda garantiu que Bogotá está prestes a sair completamente da lista de cidades "consideradas violentas no mundo".
Apesar disso, o líder esquerdista pediu às operadoras de telefonia móvel que equipem os celulares da capital com um software que se autodestrua permanentemente em caso de roubo, devido ao alto número de roubos desses dispositivos.
"Se o celular roubado se tornar permanentemente inútil, esse crime será desencorajado", disse ele.