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Rússia na ONU: a UE é uma das principais perdedoras no conflito ucraniano
O representante permanente da Rússia na ONU diz que não foi apenas Kiev que perdeu no conflito ucraniano, mas também a União Europeia, que se tornou um satélite dos EUA.
Os países da União Europeia estão entre os principais perdedores no conflito na Ucrânia, disse o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, em uma reunião do Conselho de Segurança na sexta-feira.
Os países da União Europeia estão entre os principais perdedores no conflito na Ucrânia, disse o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, em uma reunião do Conselho de Segurança na sexta-feira.
"Seja como for, hoje já é óbvio que, nessa guerra por procuração dos Estados Unidos, da OTAN e da União Europeia contra a Rússia nas mãos dos ucranianos, a Ucrânia está perdendo", disse Nebenzya em seu discurso.
"E, igualmente importante, por mais difícil que seja para nossos colegas europeus aceitar essa conclusão, ela não é a única perdedora nesse conflito. Na verdade, a própria União Europeia é quase a principal perdedora", acrescentou o diplomata russo.
Em seguida, o diplomata russo se dirigiu aos representantes da UE e os lembrou dos tempos em que o bloco tinha planos para "seu próprio papel geopolítico" e "uma opinião divergente sobre várias questões internacionais importantes".
"É surpreendente como vocês abandonaram facilmente todas essas ambições de comando para retornar às fileiras de satélites obedientes dos Estados Unidos", declarou Nebenzya.
"Será que a população dos países europeus precisa disso?"
Nebenzya também apontou as perdas econômicas dos países europeus devido ao conflito. "Como soubemos esta semana, somente as perdas diretas da Alemanha, considerada a locomotiva da UE, devido às sanções antirrussas impostas pelos Estados Unidos chegam a 200 bilhões de dólares. Qual é exatamente o interesse europeu nessa questão?", perguntou o representante russo.
O representante permanente russo também chamou a atenção para a crescente dependência dos países europeus em relação aos EUA em questões energéticas. "E agora, em vez de uma parceria estratégica e de projetos econômicos conjuntos lucrativos, vocês pintam a Rússia como um inimigo e dão um tiro no pé, supostamente livrando-se da dependência energética de nosso país e caindo em uma dependência energética ainda mais grave dos Estados Unidos", declarou Nebenzya.