Primeiro-ministro da Groenlândia revela desejo do povo da ilha
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, afirmou em entrevista à Fox News que o povo definirá o futuro da ilha e deseja independência, mas mantém compromisso de cooperação com os países ocidentais, destacando que os groenlandeses não querem ser dinamarqueses nem norte-americanos, mas pretendem fortalecer os laços com os Estados Unidos e a OTAN.
Egede reforçou que a Groenlândia continuará integrada à aliança ocidental. "A Groenlândia faz parte da aliança ocidental e sempre faremos parte dela, e seremos um parceiro forte dos EUA", declarou. Ele também apontou que a segurança dos EUA está diretamente ligada à da Groenlândia.
Ele mencionou a importância da base aérea norte-americana em Pituffik, localizada no noroeste da ilha. Ele a classificou como "realmente importante", especialmente para a segurança nacional dos EUA e da Groenlândia.
O primeiro-ministro ressaltou o interesse em ampliar a cooperação com os Estados Unidos, principalmente no que diz respeito ao investimento na mineração de recursos naturais da ilha. "Acho que temos muito a oferecer no futuro, para cooperar. Queremos cooperar estreitamente com os EUA", disse.
Nesta segunda-feira, o líder groenlandês reforçou que o país está aberto ao diálogo e ao aumento das parcerias com os EUA. "Temos portas abertas para a mineração, e isso permanecerá inalterado nos próximos anos", afirmou.
Ele ainda mencionou que já iniciou conversas com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, buscando novas oportunidades de colaboração.
Apesar de suas declarações mais conciliadoras, Egede reiterou o desejo de independência da Dinamarca.
"Os groenlandeses aspiram ser independentes e não querem ser dinamarqueses", afirmou, refletindo uma mudança em relação a declarações anteriores, como "a Groenlândia não está à venda".
Em dezembro, Trump declarou que a posse e o controle da Groenlândia pelos EUA seriam uma "necessidade absoluta" para garantir a segurança nacional e a liberdade global. Ele também sugeriu que a Dinamarca deveria ceder o território para proteger o "mundo livre".