Jornalista norte-americano é algemado e retirado à força de última coletiva de Blinken (VÍDEOS)

Sam Husseini foi arrastado para fora por guardas armados após questionar o secretário de Estado dos EUA sobre seu histórico em Gaza.

Um jornalista foi retirado à força da última coletiva de imprensa do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na quinta-feira, após tentar fazer uma pergunta sobre o cessar-fogo em Gaza.

Blinken afirmou que a diplomacia teve sucesso nos últimos quatro anos, incluindo a trégua, embora tanto Israel quanto o Hamas tenham dado o crédito pelo acordo ao presidente eleito Donald Trump.

Sam Husseini, um repórter especializado no Oriente Médio, tentou questionar Blinken sobre sua reação pessoal ao cessar-fogo, e lembrou ao secretário das evidências de genocídio contra Israel feitas por várias ONGs internacionais.

Blinken respondeu que os jornalistas deveriam "respeitar o processo" e que responderia às perguntas após o término de seu discurso.

Em um vídeo publicado por Ryan Grim, do DropSite News, é possível ver vários oficiais uniformizados do Serviço de Segurança Diplomática (DSS) se aproximando de Husseini, que estava sentado na sala.

"Tire suas mãos de mim!" gritou Husseini quando os seguranças o agarraram. "Responda à minha maldita pergunta."

"Vocês pontificam sobre a liberdade de imprensa!", declarou Husseini. "Estou fazendo perguntas depois de o [porta-voz do Departamento de Estado] Matt Miller ter me dito que não responderia às minhas perguntas."

"Todo mundo, desde a Anistia Internacional até o TPI [Tribunal Penal Internacional], está dizendo que Israel está praticando genocídio e extermínio e você está me dizendo para respeitar o processo?", perguntou.

"Criminoso! Por que você não está em Haia?", gritou repetidamente, enquanto os oficiais do DSS o conduziam para fora da sala.

"Tentei fazer uma série de perguntas. Fui levado para fora e algemado. Força completamente excessiva", escreveu Husseini no X pouco tempo depois do incidente.

Mais tarde, o jornalista escreveu que havia sido "seriamente maltratado" por tentar fazer perguntas sérias que o Departamento de Estado não queria responder.

Entre as questões estava se os EUA tinham conhecimento da "Diretiva Hannibal".