
Vários vídeos de palestinos comemorando trégua com Israel viralizam nas redes sociais

Após mais de 15 meses de hostilidades na Faixa de Gaza, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo, anunciaram os mediadores na quarta-feira. O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, informou em uma coletiva de imprensa que o cessar-fogo entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro.
Nas redes sociais, viralizam vários vídeos de milhares de palestinos em toda a Faixa de Gaza comemorando a notícia de um acordo para trégua.
Aquí está la heroica resistencia palestina. No pudo el ejército de mataniños alcanzar sus objetivos militares expansionistas. No pueden, no pudieron y jamás podrán arrodillar a un pueblo que nació para ser libre. Vivan los niños de Gaza!!pic.twitter.com/p6ixyR4MbR
— Junia (@Miriam_Junne) January 15, 2025
Centenas de pessoas manifestaram rapidamente sua alegria em frente ao hospital Mártires de Al Aqsa, para onde foram transportados muitos mortos desde o início da guerra. As pessoas dançavam, tiravam fotos e agitavam bandeiras palestinas.
🇵🇸 La población palestina de #Gaza ha salido a las calles para celebrar el alto el fuego y lo que, sin duda, representa una costosa y dolorosa victoria del pueblo palestino y su heroica Resistencia frente al régimen genocida israelí.La “Comunidad Internacional” tiene la… pic.twitter.com/z1tiIRLUw5
— Manu Pineda🔻🇵🇸🇨🇺🇻🇪🇸🇾🇪🇭🇾🇪🇱🇧 (@ManuPineda) January 15, 2025
De que se trata no acordo?
A primeira fase do acordo durará 42 dias. Como parte dessa fase, o Hamas concordou em libertar 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos mantidos em Israel. O Catar e o Egito trabalharão para garantir o cumprimento do acordo, disse Al Thani.
O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou nas suas redes sociais que a primeira fase da trégua prevê "um cessar-fogo total e completo, a retirada das tropas israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza e a libertação de vários reféns mantidos pelo Hamas, incluindo mulheres, idosos e feridos".
Israel, por sua vez, libertará "centenas de prisioneiros palestinos" e a ajuda humanitária também será permitida no enclave, acrescentou em uma publicação.
A segunda fase prevê a troca dos reféns restantes ainda vivos, incluindo soldados do sexo masculino, e a retirada de todo os militares israelense que permanecerem em Gaza até lá.

Uma possível terceira fase do acordo, se desenvolvida, teria como foco a devolução dos restos mortais dos reféns mortos às suas famílias e a implementação de um plano de reconstrução para o enclave palestino, acrescentou.
"Conquista" para povo palestino
O Hamas saudou o acordo com Israel como uma "conquista" para o povo palestino e um "marco no conflito com o inimigo". "Esse acordo é motivado pela nossa responsabilidade para com o nosso povo resistente na Faixa de Gaza, a fim de interromper a agressão sionista contra eles e pôr fim ao banho de sangue, aos massacres e à guerra genocida a que estão sendo submetidos", anunciou em um comunicado.
O movimento palestino também expressou sua gratidão àqueles que apoiaram os habitantes de Gaza "nos níveis árabe, islâmico e internacional" e que contribuíram para "expor a ocupação e interromper a agressão". "Estendemos nossos agradecimentos especiais aos nossos irmãos mediadores que fizeram grandes esforços para chegar a esse acordo, especialmente o Catar e o Egito", afirmou o Hamas.