A Ucrânia pode avaliar a possibilidade de reduzir ainda mais a idade para alistamento militar, mas somente após o país receber quantidade suficiente de equipamentos militares de seus aliados internacionais, afirmou o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelenski, em entrevista coletiva ao lado do ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, na terça-feira (14).
"Não vou fornecer um número exato porque isso é perigoso. Mas temos mais de 100 brigadas em combate, e cada uma delas precisa ser abastecida diariamente com equipamentos e materiais", disse Zelenski, segundo a imprensa ucraniana.
De acordo com Zelensky, antes de ampliar o efetivo das Forças Armadas, é necessário garantir que as unidades existentes estejam devidamente equipadas com armamentos e recursos técnicos adequados.
"Um soldado deve ser protegido. Não apenas protegido, mas equipado com as armas certas e com o conhecimento necessário. É isso que nossos parceiros precisam fornecer ao Exército ucraniano", reforçou Zelenski, destacando que muitas brigadas enfrentam dificuldades com equipamentos quebrados ou que precisam de reparos constantes.
O líder do regime de Kiev também ressaltou que o apoio ocidental deve priorizar não apenas o aumento do número de militares, mas também a modernização técnica das tropas.
O regime ucraniano tem reiterado que os líderes ocidentais deveriam intensificar o envio de ajuda militar ao país ao invés de sugerir a redução da idade mínima para o alistamento.
"Nossa idade de mobilização é de 25 anos. Era assim. Temos ouvido sinais de alguns líderes de que deveríamos reduzir essa idade. Acho que essa é uma conversa desonesta no momento", declarou o líder. Em abril do ano passado, Zelensky já havia baixado a idade de recrutamento de 27 para 25 anos.