
Presidente afastado da Coreia do Sul se recusa a falar com autoridades após prisão - imprensa

O Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO) da Coreia do Sul executou na terça-feira o mandado de prisão contra o presidente deposto Yoon Suk Yeol, afastado do poder por sua decisão de impor a lei marcial em 3 de dezembro, informou a agência de notícias Yonhap.
Yoon se tornou o primeiro presidente em exercício do país a ser detido.
Conforme uma fonte, citada pela imprensa norte-americana, Yoon está se recusando a falar com as autoridades após sua prisão e não concorda que as entrevistas com os investigadores fossem gravadas em vídeo.
A defesa do presidente deposto continua a argumentar que o CIO não teria autorização para lidar com seu caso.
Manifestantes aplaudem o silêncio de Yoon
Segundo a agência, dezenas de manifestantes permanecem do lado de fora da sede do órgão de fiscalização anticorrupção da Coreia do Sul, mostrando seu apoio à decisão de Yoon de ficar em silêncio.

"O presidente Yoon se sacrificará por nós e pela liberdade da Coreia", afirma um manifestante, Lee Song Man, citado pela ABC News.
"Essa prisão deveria ter sido feita de forma legal. Eu vim aqui para protestar", disse outro.
Prisão
A operação para prender o presidente deposto foi prejudicada pelas tentativas de militares e do serviço de segurança de bloquear o caminho dos investigadores, por meio de barricadas.
Durante as conversas finais, Yoon tentou, mediante seu advogado, concordar em comparecer voluntariamente perante o CIO, mas o órgão de investigação rejeitou a proposta.
A entrada dos investigadores apoiados pela polícia no complexo ocorreu em meio à mobilização dos partidários de Yoon do lado de fora da residência, com cerca de 6.500 pessoas, de acordo com as estimativas iniciais da polícia.
Ao mesmo tempo, cerca de 3.000 policiais foram posicionados nas entradas da sede oficial e, em determinado momento, começaram a dispersar à força os partidários de Yoon, de acordo com relatos da mídia.