Inflação da Argentina em 2024 diminuiu 90% em relação ao ano anterior
O índice de inflação da Argentina fechou 2024 em 117,8%, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) do país nesta terça-feira.
O órgão publicou os dados do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC) para o último mês do ano passado e confirmou a tendência de desaceleração anual em relação a 2023, quando atingiu 211,4%.
#DatoINDECLos precios al consumidor (#IPC) aumentaron 2,7% en diciembre de 2024 respecto de noviembre y acumularon un alza de 117,8% en 2024 https://t.co/95C0jwcsWRpic.twitter.com/cYNQnlkRpB
— INDEC Argentina (@INDECArgentina) January 14, 2025
Após a publicação do Indec, o ministro da Economia, Luis Caputo, emitiu uma declaração destacando "a continuidade do processo de desinflação".
"Isso ocorre em um mês em que o índice apresenta uma sazonalidade positiva, ligada aos feriados e ao início do período de férias de verão, e em um contexto em que tanto a atividade econômica quanto a renda real da população mostram uma forte recuperação", escreveu o funcionário da rede social X.
Inflación de Diciembre: 2,7%✅ El IPC Nacional registró una variación de 2,7% en diciembre, confirmando la continuidad del proceso de desinflación. Esto se da en un mes en el cual el índice presenta una estacionalidad positiva, vinculada a las fiestas y al inicio del período de…
— totocaputo (@LuisCaputoAR) January 14, 2025
Para Caputo, "o aprofundamento da desinflação e o retorno ao setor privado de recursos que até 2023 eram destinados a financiar o setor público permitem que essa expansão seja genuína e sustentável".
A conta oficial do Ministério da Economia também comemorou os números divulgados pelo Indec, pois eles "refletem uma promessa cumprida, um plano econômico sensato e a base para que a Argentina cresça de forma constante".
"Em apenas 12 meses, pulverizamos a inflação", afirmou o ministério.
Desaceleração gradual
O ritmo inflacionário vem caindo gradualmente desde dezembro de 2023, após a forte desvalorização de 50% aplicada pelo governo de Javier Milei assim que assumiu o cargo.
Nos últimos meses de 2024, a queda do IPC foi sustentada, impulsionada por uma recessão que afetou o consumo de bens e serviços em todo o país. Em outubro, a inflação foi de 2,7%, enquanto em novembro caiu para 2,4%, o nível mais baixo em quatro anos. Em dezembro, voltou a 2,7%.
O governo de Milei destaca a desaceleração da inflação como uma das grandes conquistas macroeconômicas da administração, juntamente com o superávit fiscal, a queda do risco-país e um certo grau de estabilidade da taxa de câmbio.
Entretanto, a Casa Rosada reconhece que as medidas de ajuste profundo nos gastos públicos e o congelamento do consumo tiveram um impacto negativo no bem-estar social.
"O sacrifício que fizeram é comovente. Eu lhes asseguro que não será em vão", disse Milei em dezembro, dirigindo-se à população em um discurso por ocasião de seu primeiro ano no cargo.