EUA incluem brasileiro em lista de terroristas por liderar grupo de supremacia branca no Telegram
O brasileiro Ciro Daniel Amorim Ferreira foi adicionado a uma lista de terroristas pelos Estados Unidos, sob acusação de liderar um grupo de "supremacistas brancos" no aplicativo de mensagens Telegram, segundo um comunicado publicado na segunda-feira pelo Departamento de Estado norte-americano.
Ferreira é acusado por estar por trás da rede Terrorgram, juntamente com um croata, Noah Licul, e um cidadão da África do Sul, Hendrik-Wahl Muller.
Os três, assim como o grupo, foram incluídos na lista de Terroristas Globais Especialmente Designados, que ameaçam a segurança nacional dos Estados Unidos.
"O Terrorgram é um grupo terrorista transnacional que opera principalmente na mídia social e na plataforma de mensagens digitais Telegram. O grupo promove o supremacismo branco violento, encomenda ataques a desafetos e fornece orientação e materiais de instrução sobre táticas, métodos e alvos para ataques, inclusive contra infraestruturas essenciais e funcionários do governo", diz o comunicado.
Algumas das ações incitadas pelo canal incluem um tiroteio em outubro de 2022 do lado de fora de um bar frequentado por homossexuais na Eslováquia; um ataque planejado em julho de 2024 contra instalações de energia em Nova Jersey; e um ataque com faca em agosto de 2024 em uma mesquita na Turquia.
- A supremacia branca é uma ideologia que promove da superioridade das pessoas brancas a pessoas de outras origens raciais, incluindo indígenas, negros, pardos, entre outros. Os supremacistas acreditam que os brancos devem governar politicamente, economicamente e socialmente os que não são brancos. O movimento apoia também as ideias racistas contra diferentes grupos da humanidade e têm ligação com o neonazismo. A Ku Klux Klan é um dos símbolos da supremacia branca.