Trump quer reduzir idade de alistamento na Ucrânia para 18 anos

De acordo com seu conselheiro, Mike Waltz, o novo governo dos EUA exigirá que Kiev supra a falta de soldados na linha de frente antes de iniciar negociações com Moscou.

O congressista Mike Waltz, futuro conselheiro de segurança nacional dos EUA, afirmou em entrevista à ABC News no domingo que o governo Trump considera necessário "estabilizar as coisas no campo de batalha" antes que as negociações entre Moscou e Kiev possam ter início.

Segundo Waltz, para alcançar esse objetivo, a Ucrânia tem que reduzir a idade de alistamento, a fim de suprir a escassez de soldados nas linhas de frente. O político destacou que atualmente os ucranianos enfrentam "problemas reais de mão de obra". "A idade de recrutamento deles atualmente é 26 anos, não 18", afirmou.

"Eu acho que muitas pessoas não percebem que eles poderiam gerar centenas de milhares de novos soldados. Então, quando ouvimos sobre problemas de moral, quando ouvimos sobre problemas nas linhas de frente, vejam bem, se os ucranianos pediram ao mundo inteiro para fazer tudo pela democracia, precisamos que eles façam tudo pela democracia", continuou o congressista.

Waltz ressaltou que Washington precisa que Kiev "resolva essa escassez de mão de obra", já que a solução para o conflito não se resume ao envio de armas e munições ou a "passar mais cheques".

"O objetivo é ver as linhas de frente se estabilizarem, para que possamos chegar a algum tipo de acordo", concluiu.

Mobilização forçada

O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, reiterou diversas vezes que os líderes ocidentais deveriam oferecer mais assistência à Ucrânia, ao invés de sugerirem a redução da idade de alistamento.

"Nossa idade de mobilização é 25 anos. Era assim. Ouvimos sinais de alguns líderes de que deveríamos reduzir a idade de mobilização. Acho que essa é uma conversa desonesta hoje", declarou Zelensky, que em abril passado diminuiu a idade de recrutamento dos ucranianos de 27 para 25 anos.