
Sanções antirrussas matam empresas europeias, diz candidata a chanceler da Alemanha

A candidata a chanceler da Alemanha, Sahra Wagenknecht, fez duras críticas às sanções antirrussas durante uma reunião de seu partido, a Aliança Sahra Wagenknecht - Pela Razão e pela Justiça, informou a imprensa alemã no domingo.

Ela classificou as sanções ocidentais contra Moscou como "um programa assassino para empresas alemãs e europeias", que favorece apenas a economia dos Estados Unidos.
"As sanções não têm nada a ver com moralidade, não têm nada a ver com direitos humanos, não têm nada a ver com amor à paz, são simplesmente um programa de estímulo econômico para a economia dos EUA e um programa assassino para empresas alemãs e europeias", afirmou.
A candidata também defendeu a restauração do fornecimento de gás russo para a Alemanha.
"Simplesmente temos que basear nossas importações de energia novamente no critério do menor preço e não em padrões duplos ou ideologia", disse.
Ela acrescentou que "a Alemanha não precisa de promessas eleitorais baratas: a Alemanha finalmente precisa de energia barata novamente".
A questão da paz no conflito ucraniano foi outro ponto central de seu discurso. Ela defendeu um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia e apoiou negociações sem condições prévias para Moscou.
De acordo com Wagenknecht, "nem um centavo, nem mais uma arma, nem mais um soldado alemão deve ser entregue à Ucrânia".
Por fim, ela criticou também a postura dos Estados Unidos, afirmando que os direitos humanos e a inviolabilidade das fronteiras "nunca foram de interesse dos EUA", pois, segundo ela, "tudo gira em torno dos interesses econômicos das empresas norte-americanas".