Europa bate recorde de importação de gás natural liquefeito da Rússia em 2024

A UE reduziu drasticamente suas importações de gás russo via gasodutos desde o início do conflito na Ucrânia, mas tem aumentado as compras de gás natural liquefeito de vários países, incluindo a Rússia.

Em 2024, a Europa registrou um recorde na compra de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia, apesar dos esforços da União Europeia para reduzir a dependência de combustíveis fósseis russos. A informação foi divulgada pelo jornal The Guardian na quinta-feira, com base em dados de analistas de energia.

Segundo um estudo da empresa norueguesa de pesquisa energética Rystad Energy, os países europeus importaram 17,8 milhões de toneladas de GNL russo em 2024, o que representa um aumento de mais de 2 milhões de toneladas em relação ao ano anterior.

Jan-Eric Fähnrich, especialista da Rystad Energy, informou que a Europa recebeu 49,5 bilhões de metros cúbicos de gás russo por gasodutos e outros 24,2 bilhões de metros cúbicos transportados por navios. Ele acrescentou que parte desse GNL foi revendida a outros países.

Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, a Europa reduziu drasticamente as importações de gás por gasodutos russos, mas aumentou a compra de cargas de GNL de diversos fornecedores, incluindo a Rússia. No ano passado, a Rússia ultrapassou o Catar e se tornou o segundo maior fornecedor de GNL para a Europa, atrás apenas dos Estados Unidos.