Segundo o Banco Central, em dezembro o Brasil registrou a saída de US$ 18 bilhões, o maior volume de fuga mensal de dólares desde 2020.
Foi o terceiro maior saldo mensal negativo desde 1982, ficando atrás de 2019, quando US$ 44,768 bilhões deixaram o país, e de 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, com fluxo negativo de US$ 27,923 bilhões.
De acordo com a Agência Brasil, em todo o ano passado, US$ 87,214 bilhões saíram do país pela via financeira.
Já a conta comercial registrou entrada de US$ 69,2 bilhões. Normalmente, por conta do superávit da balança comercial, o fluxo comercial apresenta resultados positivos.
O fluxo cambial, que funciona como uma prévia desses números, é dividido em duas partes: o fluxo comercial, que apura o fechamento de câmbio para exportações e importações, e o fluxo financeiro, que engloba investimentos em empresas, empréstimos e transações no mercado financeiro.
O dólar encerrou o último pregão de 2024 cotado a R$ 6,18, destaca o portal Poder360. Um levantamento da agência de classificação de risco Austin Ratings, citado pelo veículo, aponta que o real foi a sexta moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar ao longo do ano.
Na segunda-feira, o Banco Central fez um leilão à vista de US$ 1,815 bilhão. Desde 12 de dezembro, a instituição já injetou cerca de US$ 32,6 bilhões no mercado cambial para conter a alta do dólar. Mesmo com as intervenções, a moeda ficou acima de R$ 6 em quase todos os dias.