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Pequim: "O G20 não é uma plataforma para resolver questões geopolíticas e de segurança"

A China vê o grupo como um fórum para "cooperação econômica internacional", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Pequim: "O G20 não é uma plataforma para resolver questões geopolíticas e de segurança"Ministério das Relações Exteriores da China

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que o G20 não é "uma plataforma para resolver questões geopolíticas e de segurança", mas tem como objetivo a cooperação econômica.

"O G20 é o principal fórum para a cooperação econômica internacional, não uma plataforma para resolver questões geopolíticas e de segurança", disse em uma coletiva de imprensa em Pequim, enfatizando que esse "é um consenso do G20".

"Esperamos que a reunião dos ministros das Relações Exteriores [dos países membros do Grupo] ajude a fortalecer a solidariedade e a cooperação, e contribua para o crescimento e o desenvolvimento econômico global", reiterou.

A porta-voz também comunicou que o vice-ministro das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, representarã a China na reunião.

Mais cedo na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia enfatizou que, durante a reunião dos chanceleres do grupo, a delegação do país eslavo "pretende chamar a atenção especial de seus parceiros para a inadmissibilidade da politização do G20, que, de acordo com seu mandato, deve se concentrar estritamente nos desafios socioeconômicos".

Segundo Moscou, "o G20 não deve ser visto como alternativa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que tem prerrogativas exclusivas para a manutenção da paz e da segurança internacionais", considerando que a inclusão na agenda do G20 de "questões não essenciais, como a questão ucraniana, por instigação do Ocidente", só pode ser interpretada como "destrutivo".

"Isso multiplica as divergências entre os participantes e impedem o nosso fórum de alcançar resultados que atendem às suas competências", reiterou a pasta.