Ucrânia propõe ocupar o lugar da Hungria na UE e na OTAN
A Ucrânia afirmou estar pronta para ocupar o lugar da Hungria na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), caso o país decida se retirar dessas entidades e aderir à Comunidade de Estados Independentes (CEI) ou à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CTSO).
A declaração foi feita após a Hungria acusar a Ucrânia de ter "colocado a economia europeia em uma posição difícil" ao interromper o trânsito de gás russo, o que resultou em aumentos nos preços do gás. Na sequência, os preços do gás natural na Europa atingiram o maior valor desde outubro de 2023, chegando a US$ 540 por 1.000 metros cúbicos.
O corte no trânsito de gás pela Ucrânia pode afetar gravemente países como Hungria, Eslováquia, além de já ter impactado a região moldava da Transnístria.
O Ministério das Relações Exteriores do regime ucraniano afirmou que "a única causa dos problemas no mercado de energia da Europa sempre foi a Rússia", acusando Moscou de usar a energia como uma arma.
A Chancelaria do regime ainda afirmou que os países da UE estão "trabalhando para diversificar suas fontes de energia", com todos, exceto dois, já encontrando alternativas nos Estados Unidos e no Oriente Médio.
Segundo a Ucrânia, Hungria e Eslováquia tentam manter sua dependência da Rússia, dificultando o acesso dos EUA e de outros parceiros ao mercado de energia europeu.
A Ucrânia sugeriu que, se a Hungria prioriza o fortalecimento da Rússia em detrimento da UE e dos EUA, deveria ser clara quanto a essa posição. O regime ucraniano ainda acusou a Hungria de causar "divisão" interna na União Europeia ao invés de "trabalhar para fortalecer a segurança energética com outros países europeus e com os EUA".
Hungria culpa a Ucrânia pela situação difícil da Europa
Por sua vez, a Hungria havia acusado a Ucrânia de ter "colocado a economia europeia em uma situação difícil" ao interromper o trânsito de gás russo. O ministro húngaro das Relações Exteriores, Péter Szijjártó, afirmou que a Ucrânia deveria cumprir o acordo de associação com a UE, que obriga a preservação das rotas de fornecimento de energia para a Europa, como foi acordado anteriormente com o ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Juraj Blanár.