É improvável que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, envie tropas norte-americanas para assumir o controle da Groenlândia, território autônomo da Dinamarca, quando reassumir a Casa Branca, afirmou a porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho.
Pinho classificou os comentários do presidente eleito como "uma hipótese absurda".
"Há muitas ameaças que não se concretizam e, nesse estágio, não acreditamos que seja necessário ir além disso", afirmou ao ser questionada sobre as novas declarações de Trump.
Durante uma coletiva de imprensa na terça-feira, Trump se recusou a descartar a possibilidade de usar força militar para colocar a Groenlândia e o Canal do Panamá sob o controle de Washington. "Pode ser que vocês tenham que fazer alguma coisa. [...] Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional", disse.
Pinho, por sua vez, confirmou que um ataque à Groenlândia ativaria a cláusula de assistência mútua de defesa do bloco, de acordo com o artigo 42º do Tratado da União Europeia, mas enfatizou que "estamos discutindo uma questão altamente teórica".
Anitta Hipper, porta-voz do serviço de política externa da União Europeia, afirmou na terça-feira que "não entrará em detalhes" sobre a ameaça de Trump.
"Está claro que a soberania dos Estados deve ser respeitada", observou, acrescentando que isso se aplica integralmente à Dinamarca.