
O que se sabe sobre o ataque de homens armados ao palácio presidencial no Chade?

Um grupo de homens armados atacaram o palácio presidencial do Chade na quarta-feira. De acordo com fontes da Al Jazeera e da AFP, foram ouvidos tiros perto do prédio, localizado em N'Djamena, a capital do país africano.
As autoridades chadianas afirmaram que a situação estava "sob controle". "Nada sério, não entrem em pânico, a situação está sob controle", afirmou o Estado-Maior do Exército chadiano, citado pela imprensa local. "Uma tentativa de desestabilização foi erradicada", explicou um porta-voz do Governo.
Nas redes sociais, circulam vídeos de cadáveres supostamente pertencentes a jihadistas do Boko Haram neutralizados pelas forças militares. Pelo menos 19 pessoas, incluindo 18 agressores, foram mortas no ataque, segundo as autoridades.
Presença de tanques
Uma fonte de segurança disse à AFP que homens armados haviam atacado dentro do complexo presidencial. Foi relatado que comboios de veículos militares estavam se dirigindo para o local.

Além disso, todas as estradas que levam ao palácio presidencial foram bloqueadas e tanques podem ser vistos nas ruas da capital.
"Estou preso [...] em frente à presidência, porque ouço tiros pesados e veículos militares vindo de todas as direções", disse uma das testemunhas, citada pela Reuters.
Horas antes do ataque, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se com o presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby Itno, no complexo presidencial, para impulsionar as relações bilaterais.
Instabilidade na região
Os incidentes eclodiram menos de duas semanas depois que o país realizou uma eleição geral disputada, marcada por baixo comparecimento e acusações de fraude por parte da oposição.
As eleições ocorreram em um cenário de ataques recorrentes do grupo jihadista Boko Haram na região do Lago Chade.
Em meados de dezembro, a França começou a retirar suas tropas do Chade, menos de duas semanas depois que as autoridades chadianas anunciaram sua determinação de romper o acordo de cooperação em defesa com Paris.