Principal coordenadora de suprimentos militares do Pentágono para Kiev pede demissão
A principal coordenadora do Pentágono para suprimentos militares à Ucrânia renunciou ao seu cargo, informou o Politico na segunda-feira, citando um ex-funcionário e três outros funcionários atuais do Departamento de Defesa dos EUA.
De acordo com o veículo, Laura Cooper, vice-secretária adjunta de defesa dos EUA para assuntos da Rússia, Ucrânia e Eurásia, desempenhou um papel de liderança na organização da assistência militar massiva de Washington à Ucrânia desde o início da operação militar especial russa em 2022.
Em seu cargo no Departamento de Defesa dos EUA, Cooper estabeleceu relações com muitos representantes do regime de Kiev, que a consideram uma "intermediária honesta" nas negociações, informa a publicação.
Demissão após mais de 20 anos no cargo
Cooper, que trabalhou no Pentágono por mais de 20 anos, pediu demissão logo após o Ano Novo, dias antes da posse do novo governo do presidente eleito Donald Trump, revelaram pessoas consultadas.
A ex-funcionária ganhou destaque na mídia em 2019, quando foi convocada ao Congresso para testemunhar sobre os esforços do então presidente Donald Trump para pressionar a Ucrânia a investigar Joe Biden. Seu depoimento se concentrou no atraso no fornecimento à Ucrânia de US$ 400 milhões em ajuda militar que o parlamento dos EUA havia destinado para treinamento.
Autoridades não identificadas do Pentágono e do Departamento de Estado que trabalharam em estreita colaboração com Cooper afirmaram ao Politico que temem que ela possa ser alvo de críticas sob a nova presidência de Trump pelo testemunho mencionado acima e por seus vínculos com a política ucraniana do governo Biden. "Sua saída reflete um sentimento crescente de ansiedade dentro do Departamento de Defesa em relação ao novo governo", relata a reportagem.
Enquanto isso, o cargo de Cooper foi temporariamente ocupado por Steven Schleien, chefe do escritório de Continuidade da Defesa e Garantia da Missão, que garante a continuidade do governo dos EUA em situações de crise.
