Hungria: "Ucrânia mais uma vez colocou a economia europeia em apuros"
A Ucrânia mais uma vez colocou a economia europeia em dificuldades ao cortar o trânsito do gás russo por seu território, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto. Ele ressaltou que os preços dos combustíveis na UE aumentaram em 20% devido à decisão do regime de Kiev.
"Portanto, enquanto a Ucrânia está buscando a adesão à UE como país candidato, ela mais uma vez colocou a economia europeia em desvantagem com outra decisão", escreveu ele nas redes sociais. De acordo com Szijjarto, ele teve uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores e Europeias da Eslováquia, Juraj Blanar, a esse respeito, durante a qual as partes concordaram que a Ucrânia deve honrar o acordo de associação com a UE, que inclui a manutenção das rotas de fornecimento de energia para a Europa.
Hungria se preparou com antecedência
Szijjarto comentou que se lembra bem "das discussões de anos atrás sobre a construção do gasoduto TurkStream, que criaria a rota de transporte Rússia-Turquia-Bulgária-Sérvia-Hungria, contornando a Ucrânia", e "das ameaças que vieram de nossos aliados, bem como da maneira como eles tentaram nos dissuadir desse projeto de forma 'amigável'".
A esse respeito, ele confirmou que os suprimentos de energia húngaros são seguros e que a Hungria seria menos afetada pelo fim do trânsito de gás russo através da Ucrânia do que outros países da Europa Central, já que "trabalhou arduamente nos últimos anos para garantir que o gás natural seja transportado pelo maior número possível de rotas".
- O gás russo deixou de ser fornecido através da Ucrânia a partir das 8:00, horário de Moscou, em 1º de janeiro. A gigante russa de energia Gazprom disse que foi "privada da possibilidade técnica e legal" de fornecer gás através da Ucrânia. A Rússia continua exportando gás por meio do gasoduto TurkStream, que atravessa o Mar Negro.