O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou na segunda-feira, durante seu discurso na Conferência de Embaixadores, que os ucranianos devem "conduzir discussões realistas sobre questões territoriais" e considerou que a solução para o conflito ucraniano não será "rápida ou fácil", informa a France 24.
Macron afirmou que os EUA terão que ajudar a "mudar a natureza da situação e convencer a Rússia a vir para a mesa de negociações", enquanto os países europeus terão que assumir a responsabilidade de "construir garantias de segurança" para a Ucrânia. É importante lembrar que o presidente russo, Vladimir Putin, enfatizou repetidamente que Moscou está disposta a manter diálogos de paz, mas não com base nos "caprichos" de Kiev.
Além disso, Macron enfatizou que "não haverá uma solução rápida e fácil" para o conflito ucraniano, apesar da promessa do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. "O novo presidente norte-americano sabe por si mesmo que os EUA não têm chance de ganhar nada se a Ucrânia perder", comentou Macron, acrescentando que a derrota de Kiev teria consequências ruins tanto para os europeus quanto para os norte-americanos, pois a "credibilidade" do Ocidente seria "abalada".
Em seu discurso, Macron também abordou a questão da segurança europeia, alegando que os países da região devem agir "com muito mais rapidez e força" para fortalecer seu setor de defesa e se tornar independentes dos EUA. "A questão é se os europeus querem, nos próximos 20 anos, produzir o que será necessário para sua segurança ou não", disse o presidente francês. "Se dependermos da base industrial e tecnológica de defesa dos EUA, teremos dilemas cruéis e dependências estratégicas culpadas", acrescentou.