
Venezuela rompe relações diplomáticas com o Paraguai

A Venezuela anunciou nesta segunda-feira o rompimento das relações diplomáticas com o Paraguai devido ao fato de o presidente desse país, Santiago Peña, ter manifestado seu apoio ao ex-candidato Edmundo González em seu plano de se proclamar presidente eleito nas últimas eleições presidenciais venezuelanas.
"A República Bolivariana da Venezuela decidiu, no pleno exercício de sua soberania, romper relações diplomáticas com a República do Paraguai e proceder à retirada imediata de seu pessoal diplomático acreditado nesse país", de acordo com uma declaração divulgada pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, via Telegram.

Na carta, Caracas afirma que "rejeita categoricamente" as declarações de Peña, que, ao ignorar "o direito internacional e o princípio da não-intervenção", recaiu "em uma prática fracassada que lembra as fantasias políticas do extinto Grupo de Lima com sua aventura ridícula chamada Guaidó".
Para a Venezuela, as ações tomadas pelo mais alto representante do governo paraguaio "representam uma reedição de estratégias sem apoio político, jurídico ou social, que demonstraram seu retumbante fracasso".
"É lamentável que governos como o do Paraguai continuem subordinando sua política externa aos interesses de potências estrangeiras, promovendo agendas destinadas a minar os princípios democráticos e a vontade dos povos livres".
Enquanto isso, Caracas reafirmou que "nenhuma palhaçada instruída pelo fascismo internacional será capaz de dobrar a vontade" da população venezuelana, que está "firme na construção de seu próprio destino".
Por esse motivo, o governo de Maduro reiterou seu "compromisso com a defesa da democracia, da paz e da autodeterminação dos povos", como "princípios essenciais da Carta das Nações Unidas".