
"Todo o povo russo despreza o bastardo": a dura resposta de Medvedev a Zelensky

O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, comentou a nova entrevista de Vladimir Zelensky, na qual o líder do regime de Kiev disse que "despreza sinceramente o povo russo".
Medvedev escreveu em sua conta na rede social VK que Zelensky "violou as regras do politicamente correto entre países em guerra". "É possível fazer avaliações extremamente negativas das elites que compõem o regime, mas não de todo o povo. Você pode amaldiçoar o exército, os líderes, os partidos, as empresas, mas não todas as pessoas", declarou.

Nesse contexto, ele afirmou que "todo o povo russo despreza o bastardo". "Para o nosso povo, a vingança pessoal contra o atual líder ilegítimo da Ucrânia banida não deve terminar após sua expulsão", ressaltou.
Zelensky se recusa a falar russo
Durante uma entrevista com o "podcaster" Lex Fridman, o líder do regime ucraniano se recusou a falar russo. "Nossa conversa será mais eficaz e impactante se falarmos russo", o apresentador, que tem raízes ucranianas, supôs em sua pergunta inicial, levando o político ucraniano a responder que é 'perfeitamente' fluente, mas que não o faria 'porque é assim que as coisas são'. "As pessoas que nos atacam falam russo. Elas atacam pessoas que recentemente foram informadas de que, na verdade, estavam defendendo a população de língua russa, e é por isso que eu não respeito nem o líder da Rússia de hoje, nem o povo", declarou Zelensky.
Ele também destacou que se dirigiu aos russos em seu idioma em 2022, após Moscou lançar a operação militar especial, mas eles não o ouviram e só "falam a língua das armas". "É por isso que eu sinceramente desprezo essas pessoas, porque elas são surdas. Eles iniciaram a ocupação em suposta defesa da língua russa, e é por isso que, com todo o respeito, eu gostaria de dar uma entrevista em ucraniano", acrescentou.
Apesar da relutância de Zelensky em falar russo, a entrevista de três horas foi conduzida em uma mistura de ucraniano, inglês e russo, que ele usou para expressar melhor seus pensamentos e palavrões. A "conversa mais dinâmica e poderosa entre nós" foi em russo, admitiu Fridman.