A imprensa associada ao governo de transição na Síria, liderado pelo grupo Hayat Tahrir al Sham*, tornou a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e outras mulheres invisíveis em fotos tiradas durante a recente visita da delegação da União Europeia a Damasco.
A mídia alemã, que relatou a manipulação das fotos, questionou a tolerância dos novos governantes sírios.
"Primeiro, o novo governante sírio [Ahmed al-Shaara] se recusou a apertar a mão da ministra alemã das Relações Exteriores, e agora Annalena Baerbock está irreconhecível nas fotos do encontro", denuncia o artigo da revista Focus.
A publicação identificou outras as mulheres cujos rostos também estão borrados como intérpretes.
O meio de comunicação alemão NTV observou que "a nova liderança síria parece ter grandes problemas para lidar com mulheres políticas influentes do exterior".
"As imagens censuradas levantam a questão de quão islamistas os novos governantes sírios realmente são, apesar de seus esforços para se apresentarem internacionalmente como moderados e tolerantes", escreveu o Bild.
*Os EUA, a Turquia, a Rússia e o Irã estão entre os países que, juntamente com a ONU, consideram o Hayat Tahrir al Sham um grupo terrorista.