
Japão e Alemanha nunca serão membros do Conselho de Segurança da ONU, avisa Rússia

A Alemanha e o Japão nunca se tornarão membros permanentes do Conselho de Segurança das ONU, disse Vassily Nebenzia, representante permanente da Rússia nas Nações Unidas.
Janeiro dará as boas-vindas a uma nova temporada de negociações sobre a reforma do Conselho de Segurança, mas algumas das iniciativas são ''bastante ingênuas e impraticáveis'', disse Nebenzia em uma entrevista à Russia 24 TV na sexta-feira.
''Há países que estão disputando um assento no Conselho de Segurança que nunca conseguirão, já dissemos isso diretamente'', disse. ''Em particular, a Alemanha e o Japão. Eles não verão um assento permanente no Conselho de Segurança''.
De acordo com o Artigo 108 da Carta das Nações Unidas, qualquer reforma na composição do Conselho de Segurança deve ser aprovada por todos os seus membros permanentes e por dois terços dos Estados-membros da ONU.
Apoio ao Brasil
Em outubro, Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, defendeu que o Conselho de Segurança da ONU já deveria ter sido ampliado "há muito tempo" para incluir a Índia, o Brasil e países africanos como membros permanentes.

Segundo o ministro, essa inclusão garantiria a representação da maioria da população mundial.
Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa, realizou declarações semelhantes no ano passado, quando manifestou apoio ao ingresso de países do Sul Global:
''Nosso país sempre apoiou e continua apoiando a expansão do Conselho de Segurança da ONU para incluir países em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina'', afirmou na ocasião.
- Atualmente, Rússia, China, EUA, Reino Unido e França são os cinco membros permanentes do CSNU.