O Representante Permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, começou a chorar ao falar sobre um médico morto por um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza.
As imagens foram gravadas durante a primeira reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre a situação no Oriente Médio em 2025, realizada nesta sexta-feira.
Mansour disse que o médico, Mahmoud Abu Nijaila, morto em um ataque aéreo israelense ao hospital Al-Awda, escreveu uma mensagem há muitos meses em um quadro negro do hospital, normalmente usado para planejar cirurgias. "Quem ficar até o fim contará a história. Fizemos o que podíamos. Lembrem-se de nós", diz a mensagem.
Ele também citou outro médico, Adnan Al Bursh, que, segundo ele, escreveu: "Morreremos de pé e não nos ajoelharemos. Tudo o que resta no vale são suas pedras, e nós somos suas pedras".
"Nada justifica que os médicos que estavam tentando salvar a vida das vítimas tenham se tornado eles próprios vítimas e que a comunidade internacional não tenha sido capaz de reconhecer, mesmo que parcialmente, sua coragem e sua dedicação à humanidade", disse Mansour.
Anteriormente, a ONU denunciou que o padrão dos ataques letais de Israel a hospitais na Faixa de Gaza e arredores, bem como os combates relacionados, levaram o sistema de saúde do enclave palestino à beira do colapso total, "com efeitos catastróficos".