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Venezuela oferece recompensa de US$ 100.000 pelo paradeiro de Edmundo Gonzalez

O oposicionista é acusado de diferentes crimes graves, incluindo usurpação de cargo, desrespeito às instituições do Estado e conspiração para cometer um crime.
Venezuela oferece recompensa de US$ 100.000 pelo paradeiro de Edmundo GonzalezLegion-Media / Philipp von Ditfurth/DPA

O governo venezuelano emitiu na quinta-feira um novo mandado de prisão para o ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que também estabelece uma recompensa de US$ 100 mil a quem fornecer informações sobre seu paradeiro. As informações foram publicadas pelo Corpo de Investigações Científicas, Criminais e Criminalísticas em suas redes sociais.

De acordo com a publicação, o político de direita é acusado de conspiração, cumplicidade em atos violentos contra a República, usurpação de funções, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, desrespeito às instituições do Estado, instigação à desobediência da lei e associação para cometer crimes.

Proclamação e saída do país

González Urrutia deixou o território venezuelano rumo a Madrid no início de setembro, após ter permanecido escondido desde a madrugada de 29 de julho na Embaixada da Holanda em Caracas e ter seautoproclamado vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho sem apresentar provas de sua vitória.

Inicialmente, ele disse que, com sua saída, pretendia mudar as coisas e construir "uma nova etapa" no país sul-americano. "Tomei essa decisão pensando na Venezuela e que nosso destino como país não pode, não deve, ser o de um conflito de dor e sofrimento", afirmou através de uma declaração publicada em sua conta no X em 9 de setembro.

Pouco tempo depois, no entanto, ele abandonou esse ponto de vista, alegando que havia sido coagido a reconhecer a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições certificadas pela Suprema Corte. Ele foi desmentido pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, que participou das negociações para garantir sua saída do país e mostrou ao público gravações das reuniões que refutavam a versão do ex-líder da oposição.

Além de ter sido refutado por Rodríguez, ele mais uma vez se autoproclamou "presidente eleito" da Venezuela e prometeu retornar a Caracas em 10 de janeiro para assumir o cargo que alega ter conquistado. Em resposta, o ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, advertiu que não havia "nenhuma possibilidade" de González Urrutia retornar à Venezuela "sem ser detido".