Brasil assume oficialmente a presidência do BRICS

A presidência brasileira terá o combate à pobreza e a governança da inteligência artificial (IA) como alguns de seus principais temas.

A partir de 1º de janeiro de 2025, o Brasil assume oficialmente a presidência do BRICS, sucedendo a Rússia. 

Através de um comunicado citado pela imprensa brasileira, o Palácio do Planalto afirmou que a presidência brasileira terá como foco a agenda "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável".

Em uma entrevista concedida nesta semana, Eduardo Saboia, sherpa brasileiro no grupo, ressaltou ainda que o Brasil pode aproveitar sua posição de liderança no BRICS para promover pautas que considera importantes. Dentre elas, discussões sobre questões ambientais, combate à pobreza e governança da inteligência artificial (IA).

Ao longo da conversa, o diplomata destacou que o BRICS, que desempenha um crescente papel no cenário global, deve ser uma força de construção de um mundo "melhor" e "sustentável". Nesse contexto, apoiou a expansão da organização, mencionando que a adesão de novos membros poderia impulsionar a reforma da governança global e ampliar a representatividade no Conselho de Segurança da ONU.

Quais serão as responsabilidades do Brasil?

A nação que assume a presidência rotativa dos BRICS torna-se responsável por organizar as reuniões dos grupos de trabalho e reunir os representantes dos países membros para discutir as prioridades da presidência temporária.

De fevereiro a julho, foram agendados mais de 100 eventos com esse objetivo. O mais importante deles acontecerá em julho, na cidade do Rio de Janeiro, que sediará a Cúpula dos Líderes do BRICS.