Argentina busca aliança conservadora com EUA, Itália e Israel

O governo de Javier Milei quer remodelar o tabuleiro de xadrez internacional, propondo um contrapeso à dinâmica atual da Agenda 2030.

O veículo Todo Noticias (TN) obteve acesso ao rascunho de um documento formal, redigido pelo governo Argentino, que estabelece as bases para uma estreita cooperação comercial e militar entre Buenos Aires, Washington, Tel Aviv e Itália, materializando os esforços de Javier Milei para a criação de uma aliança conservadora internacional.

Dessa forma, a Argentina quer reconfigurar o tabuleiro de xadrez internacional e propor um contrapeso à dinâmica atual da Agenda 2030 e outras políticas promovidas pela ONU, pois considera que, longe de contribuir para o desenvolvimento nacional do país latino-americano, elas favorecem os interesses de outras potências, como a China.

O cerne da nova aliança estaria nos acordos de livre comércio entre seus membros e na criação de uma estrutura para colaboração em questões de segurança e inteligência, especificamente com o objetivo de neutralizar a influência do que a Casa Rosada chama de "socialismo", bem como a do Irã e seus aliados.

De acordo com as fontes da TN, a Secretaria de Inteligência do Estado da Argentina (SIDE) colaboraria com a CIA, o Mossad e a Agência Italiana de Informação e Segurança Estrangeira (AISE).

O presidente argentino já havia delineado sua estratégia para Donald Trump durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em meados de novembro na Flórida, EUA, e também para a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni durante sua visita à Casa Rosada após o G20. Quanto a Israel, acrescenta o veículo, a pessoa encarregada de negociar com Benjamin Netanyahu é o embaixador argentino Axel Wahnish.