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Blinken instrui a equipe a não usar termos "problemáticos" como "mãe, pai, filho ou filha"

Essas palavras podem condensar uma "mensagem prejudicial e excludente", já que fazem suposições sobre a identidade de gênero de uma pessoa, informa a National Review, citando as instruções vazadas do secretário de Estado dos EUA.
Blinken instrui a equipe a não usar termos "problemáticos" como "mãe, pai, filho ou filha"Alex Wong/Gettyimages.ru

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken instruiu funcionários de seu departamento a evitar o uso de termos como "mãe/pai", "filho/filha" e "marido/esposa", pois fazer suposições sobre a identidade de gênero de um indivíduo com base em sua aparência ou nome "pode ser problemático" e enviar uma "mensagem prejudicial e excludente", informou nesta semana a National Review. A revista norte-americana afirma ter obtido recentemente o texto do documento e confirmado sua autenticidade.

O objetivo das instruções da Blinken é "aumentar a compreensão sobre a identidade de gênero" e fornecer "as melhores práticas que apoiem um ambiente de trabalho inclusivo". Para isso, as instruções explicam que o gênero, apresentado como construção social, "pode corresponder ou não ao sexo designado no nascimento" e representa "o conceito mais íntimo que uma pessoa tem de si mesma como masculina, feminina, uma mistura de ambos ou nenhum".

Pronomes

Os funcionários do Departamento de Estado são recomendados a indicar em suas assinaturas de e-mail e ao se apresentarem em reuniões o pronome com o qual desejam ser chamados, a fim de "demonstrar respeito e evitar mal-entendidos".

Segundo as instruções, "os pronomes de uso comum poderiam incluir 'ela, ele, eles e ze/zir'". Seria possível ainda usar mais de um ou todos os pronomes, pois essa é "uma decisão pessoal que deve ser respeitada". Também foi informado que uma vez que a identidade de gênero "pode ser fluida", funcionários do departamento "devem ficar atentos e apoiar as mudanças nos pronomes", sem "pressionar ninguém" a usá-los.

"Linguagem neutra"

As instruções também exigem o uso de "linguagem neutra em termos de gênero sempre que possível". Para isso, termos como "senhoras e senhores", "mãe/pai", "filho/filha" e "marido/esposa", entre outros, deveriam ser substituídos por "todos vocês", "progenitor", "menor", "cônjuge" ou "parceiro".

Uma porta-voz da assessoria de imprensa do departamento ouvida pela National Review recusou-se a comentar sobre os documentos internos vazados.