Vírus da gripe aviária sofre mutação em paciente nos EUA

Um relatório da análise realizada indica que "as alterações ocorreram no paciente após a infecção".

O vírus da gripe aviária sofreu mutação em um paciente nos Estados Unidos, conforme relatório divulgado na quinta-feira pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

De acordo com o documento, duas amostras de swab do vírus foram coletadas de um paciente no estado da Louisiana, que havia contraído a gripe aviária. As amostras foram sequenciadas e comparadas com outras já existentes, revelando diferenças entre elas.

"A análise identificou mutações de baixa frequência no gene da hemaglutinina na amostra obtida do paciente que não foram encontradas em sequências de vírus de amostras de aves coletadas no local onde o paciente vivia. Isso sugere que as alterações ocorreram no paciente após a infecção", diz o relatório.

O CDC ressaltou que, apesar da mutação, o risco para o público de um surto de gripe aviária permanece baixo. O incidente, no entanto, reforça a necessidade de monitorar a disseminação do vírus.

Desde o início de 2024, surtos de gripe aviária têm sido registrados globalmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH), embora o vírus tenha se espalhado por várias regiões, o número de surtos entre aves domésticas e selvagens foi significativamente menor em comparação a 2023. A Rússia também apresentou um número inferior de focos de infecção, conforme a agência.

A gripe aviária é uma doença viral aguda que afeta as aves, causando danos aos órgãos respiratórios e digestivos e apresentando alta taxa de mortalidade. A doença é considerada particularmente perigosa.

A transmissão é facilitada por aves migratórias, principalmente patos selvagens, que são mais resistentes ao vírus do que as aves domésticas. Como a doença pode ser transmitida aos seres humanos, medidas preventivas continuam sendo fundamentais.