Lavrov prevê ano 'muito frutífero' nas relações entre Rússia e América Latina

O chanceler russo enfatizou que as relações entre a Rússia e os países latino-americanos são tradicionalmente amigáveis e expressou o desejo de Moscou de melhorá-las ainda mais.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira que um ano "muito frutífero" está por vir para as relações entre a Rússia e a América Latina, observando que várias visitas mútuas estão planejadas.

Lavrov afirmou que a Rússia está desenvolvendo relações não apenas com os países da região, mas também com várias organizações regionais, como CELAC, ALBA, Mercosul, CARICOM e muitas outras.

"Presumimos que o ano será muito prolífico em eventos, especialmente porque nos próximos meses teremos um desfile de aniversários do estabelecimento de relações diplomáticas entre nosso país e os estados latino-americanos [...] cada um desses aniversários será comemorado dignamente", disse.

O chanceler russo também anunciou que a Rússia está abrindo uma embaixada na República Dominicana e que Moscou está esperando visitantes da América Latina em vários fóruns a serem realizados no país no próximo ano, como o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo e o Fórum Econômico Oriental.

Ao mesmo tempo, Lavrov abordou a cooperação econômica com os países latino-americanos. "Apesar da pandemia do coronavírus no passado, apesar da guerra de sanções desencadeada pelo Ocidente, o comércio com a América Latina é estável e tem permanecido estável nos últimos anos", enfatizou.

O ministro das Relações Exteriores destacou o Brasil como um dos principais parceiros comerciais da Rússia, bem como o México, Equador, Argentina, Colômbia e Chile, e expressou interesse em fortalecer a interação comercial com a Nicarágua e a Venezuela.

De acordo com ele, as relações entre a Rússia e os países latino-americanos têm sido tradicionalmente amigáveis e se baseiam "na igualdade, no benefício mútuo, no respeito mútuo", e nelas "não há ideologia, não há doutrina, seja a Doutrina Monroe ou qualquer outra".

"Estamos desenvolvendo ativamente o diálogo e a cooperação em questões políticas por meio de canais diplomáticos de cooperação econômica, cultural e humanitária", enfatizou.