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Na presidência do BRICS, Brasil vai priorizar meio ambiente, combate à pobreza e governança da IA

Diplomata brasileiro defende ainda que o grupo atue como uma força estabilizadora e apoie a reforma da governança global e do Conselho de Segurança da ONU.
Na presidência do BRICS, Brasil vai priorizar meio ambiente, combate à pobreza e governança da IASputnik / Anatoly Medved

O Brasil irá impulsionar a discussão sobre questões ambientais, o combate à pobreza e a governança da inteligência artificial (IA) no BRICS, temas que há muito tempo fazem parte da agenda do país, afirmou o sherpa brasileiro no grupo, Eduardo Saboia.

Em entrevista à Agência Brasil, publicada na quarta-feira, o diplomata ressaltou que o Brasil pode aproveitar sua posição de liderança no BRICS para pautar questões que considera importantes.

Uma dessas questões será a mudança climática, especialmente porque o Brasil sediará em 2025 a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30). De acordo com Saboia, os membros do BRICS desempenham um papel central no debate sobre energia.

Saboia sugeriu que o grupo poderia avançar de maneira significativa no processo de governança da IA.

"Quem sabe no BRICS, durante a presidência brasileira, possamos avançar na ideia de desenvolver uma visão conjunta sobre como deve ser a governança da inteligência artificial", afirmou.

Papel do BRICS

O diplomata destacou que o BRICS deve ser uma força de construção de um mundo "melhor" e "sustentável", com um peso significativo no cenário global.

Ele também ressaltou o potencial estabilizador do grupo. "É estabilizador porque, se você tem esses países, que são muito diferentes e com sistemas políticos distintos, cada um com seus desafios, se entendendo e se reunindo todo ano, isso é bom para todos, pois gera soluções para a população", afirmou.

Saboia ainda apontou que, para o BRICS alcançar um entendimento mais amplo, é fundamental que haja um bom relacionamento entre os seus membros, o que poderia possibilitar o diálogo com outros países, segundo a mídia.

Na entrevista, o diplomata também apoiou a expansão do BRICS, mencionando que a adesão de novos membros poderia impulsionar a reforma da governança global e ampliar a representação no Conselho de Segurança da ONU.