
Polícia Federal inicia investigação de emendas parlamentares de R$ 4,2 bilhões

A Polícia Federal (PF) abriu na terça-feira um inquérito para investigar a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, segundo apuração da TV Brasil.
Por falta de transparência sobre os autores e o destino dos recursos, essas emendas haviam sido suspensas, em agosto, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.
No início deste mês, o ministro liberou os pagamentos das emendas, que passaram a seguir as regras de transparência. Porém, na segunda-feira, Flávio Dino voltou a suspendê-los ao determinar a instauração do inquérito pela Polícia Federal.

Segundo informações, o partido PSOL denunciou que parte desse dinheiro foi destinada a Alagoas, estado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e entrou com pedido no STF para suspender as emendas.
Anteriormente, deputados do Centrão manifestaram insatisfação com a decisão de Flávio Dino de suspender os pagamentos das emendas e de ordenar a investigação pela Polícia Federal.
Para os parlamentares, a medida, tomada logo após a votação que limitou os gastos públicos, teria sido acertada com o governo, o que aumentou as tensões entre os poderes Legislativo e Executivo, segundo o Valor Econômico.
A decisão provocou reações negativas entre líderes do Centrão da Câmara dos Deputados, que temem o agravamento da crise política. Eles criticaram a investigação da Polícia Federal sobre a alocação dos recursos, classificando-a como excessiva e indesejável, especialmente por ter sido divulgada à mídia.