Moçambique enfrenta uma nova onda de agitação e violência nas ruas, informou a agência de notícias RFI.
Após mais de dois meses de protestos contra os resultados eleitorais, o Conselho Constitucional do país confirmou na segunda-feira a vitória de Daniel Chapo, apoiado pelo partido governista Frelimo, com mais de 65,17% dos votos.
"O futuro é incerto para todo o povo moçambicano. Depositamos a nossa confiança no Venâncio [Mondlane]. São resultados fantasmas, nós não reconhecemos", disseram manifestantes anônimos à RFI.
Segundo o veículo, a nova onda de agitação resultou em pelo menos dois mortos. Nos protestos anteriores, desde 21 de outubro, ao menos 130 pessoas morreram e 385 foram baleadas em confrontos com a polícia, informou a RFI.
- Os protestos tiveram início no fim de outubro, após a apuração dos resultados das eleições gerais, e são liderados, de acordo com a mídia, pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido Podemos. A oposição acusa as autoridades de fraude eleitoral.
- O partido Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) foi fundado durante a luta pela independência do país contra Portugal. A Frelimo governa o país sesde 1975, quando Moçambique conquistou sua independência.