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Rússia denuncia atividades de laboratórios biológicos dos EUA na África

Os EUA consideram a África um campo de testes para patógenos e medicamentos, denunciou o vice-chefe das Forças de Defesa Biológica da Rússia.
Rússia denuncia atividades de laboratórios biológicos dos EUA na ÁfricaGettyimages.ru / Reptile8488

A presença militar e biológica dos EUA na África está aumentando em ritmo acelerado, afirmou nesta terça-feira o major-general Alexey Rtischev, vice-chefe das Forças de Defesa da Rússia contra Radiação, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia.

"Atividades ativas na região estão sendo realizadas por organizações de pesquisa do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Por exemplo, filiais do Centro Médico Militar Naval estão localizadas em Gana e Djibuti, onde um trabalho ativo está sendo realizado em pontos críticos de doenças naturais, isolando e sequenciando patógenos", declarou.

Rtischev acrescentou que Washington criou um sistema para "gerenciar riscos biológicos no território de outros países" e já o testou na Ucrânia e na Geórgia.

"A atividade desse sistema tem como objetivo obter patógenos em áreas endêmicas e pontos críticos naturais, controlar a situação biológica e gerenciá-la em benefício próprio", disse Rtischev.

De acordo com suas declarações, uma das tarefas é "analisar a situação epidêmica ao longo das fronteiras dos adversários geopolíticos nas áreas propostas para a implantação de contingentes militares".

Dessa forma, continuou, Washington vê o continente africano como um "reservatório natural de agentes infecciosos perigosos e um campo de testes para patógenos e medicamentos".

"Anteriormente, chamamos sua atenção para a transferência de projetos ucranianos inacabados para o território dos estados pós-soviéticos e do Sudeste Asiático", criticou, enfatizando que agora a África "se tornou uma área de grande interesse".

"Tendência clara"

As doenças nas quais o Pentágono está interessado tornam-se pandêmicas em nível global, atingindo países em todo o mundo, alertou Rtischev, enfatizando que as empresas farmacêuticas norte-americanas são beneficiadas nesses eventos.

"Há uma tendência clara: patógenos que se enquadram na área de interesse do Pentágono, posteriormente se espalham como pandemia, e as empresas farmacêuticas norte-americanas se tornam beneficiárias", defendeu o major-general.

Como exemplos, Rtischev citou a febre amarela, a e a febre do Vale do Rift, cujo surto foi registrado no Cairo, no local de um laboratório de guerra biológica da Marinha dos EUA.