Notícias

Primeiro-ministro da Eslováquia comenta a reunião com Putin no Kremlin

Robert Fico destacou que o comportamento de Zelensky é "inaceitável", e que pretende normalizar a relação de seu país com a Federação Russa.
Primeiro-ministro da Eslováquia comenta a reunião com Putin no KremlinSputnik / Artem Geodakyan

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, que chegou em Moscou em visita oficial no domingo, comentou sobre sua reunião com o presidente russo Vladimir Putin.

Segundo ele, a viagem foi uma reação às declarações do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, que garantiu ser "contra qualquer trânsito de gás pela Ucrânia", revelou Fico em suas redes sociais.

De acordo com ele, o presidente russo confirmou durante a reunião no Kremlin que sua nação está disposta a continuar fornecendo gás para o Ocidente e para a Eslováquia.

Comentando sobre a crise ucraniana, Fico denunciou que  "Zelensky insiste em impor sanções contra o programa nuclear russo". "Essa atitude causa danos financeiros à Eslováquia", escreveu ele, acrescentando que tal comportamento é "inaceitável".

Quanto à reunião, ele disse que teve "uma longa conversa com Vladimir Putin". Além disso, os líderes trocaram opiniões "sobre a situação militar na Ucrânia, a possibilidade de um fim pacífico antecipado da guerra e a relação entre a República Eslovaca e a Federação Russa, que pretendo normalizar" escreveu ele.

Além disso, o primeiro-ministro eslovaco enfatizou que "os eventos relacionados ao 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e da vitória sobre o fascismo, nos quais russos, bielorrussos, ucranianos e outros povos da ex-URSS desempenharam um papel decisivo, contribuirão para isso".

  • Putin e Fico se reuniram no domingo, em seu primeiro contato pessoal em mais de oito anos.
  • Na quinta-feira, Zelensky anunciou que a Ucrânia não prorrogará o contrato para o trânsito de gás russo através de seu território, que expira em 31 de dezembro, e não permitirá que a Rússia "ganhe bilhões a mais" com ele. O território ucraniano é o ponto-chave no transito do gás russo para os países da Europa.