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Ficar sem agir diante das ações da Ucrânia teria sido um 'crime', diz Putin

Os líderes ocidentais admitiram ter usado a diplomacia apenas para ganhar tempo e fortalecer as forças armadas de Kiev, lembrou o presidente russo.
Ficar sem agir diante das ações da Ucrânia teria sido um 'crime', diz PutinSputnik / Vyacheslav Prokofiev

A Rússia deveria ter lançado sua campanha militar contra Kiev mais cedo, depois de perceber que nem a Ucrânia nem seus apoiadores ocidentais estavam comprometidos com uma solução pacífica para a crise no Donbass, disse o presidente Vladimir Putin.

Em uma entrevista com o jornalista russo Pavel Zarubin neste domingo, Putin reconheceu que, embora seja difícil indicar, em retrospectiva, a data ideal para a operação militar especial, os russos "deveriam ter se orientado mais cedo e entendido que nossos oponentes não iriam implementar os acordos de Minsk, que eles estavam simplesmente (...) nos enganando".

Um crime, pode resultar tanto de ação quanto de inação, explicou o presidente. "Nossa inação teria sido um crime contra os interesses da Rússia e de seu povo".

  • Os acordos de Minsk, agora extintos, foram assinados pela primeira vez em 2014 e mediadas pela Alemanha e pela França. Seu objetivo era conceder às regiões de Donetsk e Lugansk um status especial dentro do Estado ucraniano, em resposta ao tratamento desumano dado à população etnicamente russa que reside nessas áreas.
  • No entanto, o ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko admitiu que o principal objetivo de Kiev era usar o cessar-fogo para ganhar tempo e "criar forças armadas poderosas". Líderes europeus como Angela Merkel e Francois Hollande fizeram declarações parecidas.
  • No outono de 2022, as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, bem como as regiões de Kherson e Zaporozhye, votaram de forma esmagadora em prol de se juntar à Rússia através de referendos públicos.